sexta-feira, 29 de julho de 2011

Abacateiro

Abacateiro

Os benefícios dos frutos e das folhas desta árvore terâpeutica

Esta árvore, originária da América Central, é hoje cultivada um pouco por todo o mundo, incluindo Portugal.
Todas as suas partes, com excepção da raiz, têm efeito terapêutico.

Em estudos in vitro, o totum vegetal do abacate (conjunto dos seus constituintes fitoquímicos) inibe o crescimento e estimula a apoptose de células tumorais, como concluíram os Seminars in Cancer Biology em 2007.

Vários estudos realizados durante a década de 90 confirmaram a eficácia do abacate na redução do colesterol, triglicéridos e glicemia. Segundo um estudo publicado em 2002 no Journal of Cosmetic Science, a pêra abacate aplicada externamente diminui a inflamação provocada pelos raios UVB.

Princípios activos

A folha e a casca contêm óleo volátil, flavonóides, taninos com acção adstrigente e antidiarreica. O fruto contém fitosteróis com acção redutora do colesterol, ácidos gordos essenciais, proteínas (25%), saponinas, com acção regeneradora das cartilagens e vitaminas A, B1 e B2.

Principais propriedades


O fruto está indicado no tratamento do colesterol. É também utilizado externamente como calmante e cicatrizante da pele e estimula o crescimento do cabelo. As folhas e  casca estimulam a menstruação, tratam diarreias e flatulências, são um tratamento tradicional para quistos nos rins e ácido úrico elevado e combatem a tosse.

Outras propriedades

Ainda se extrai da sua semente um óleo que é aplicado no cabelo para melhorar a sua resistência e crescimento. A polpa do fruto é um bom alimento para bebés a iniciarem os alimentos sólidos.


Administração

Utiliza-se o seu fruto, a pêra abacate, as folhas e a casca. Em fruto, é muito utilizado em entradas e em batidos. Rico em nutrientes e em gorduras saudáveis, é considerado um alimento dietético, apesar de muito calórico. É uma boa fonte de vitaminas B1, B2, B3, B5, C, E e K.

Precauções
Ao contrário do fruto, as folhas e a casca não podem ser utilizadas durante a gravidez.

Remédio caseiro para
tratamento do colesterol

Corte ao meio uma pêra abacate e tire-lhe a semente. Esprema o sumo de meio limão para o a zona onde estava a semente e guarde no frigorífico uma noite. No dia seguinte, em jejum, coma, com uma colher, a parte da polpa que esteve em contacto com o sumo e beba o sumo. Coloque mais sumo de limão na polpa que resta e repita a operação diariamente até não haver mais polpa. Nessa altura, faça o mesmo procedimento na outra metade. Meça o colesterol depois de comer três peças de pêra abacate.



Texto: João Beles (naturopata e professor no Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)

A responsabilidade editorial desta informação é da revista

quinta-feira, 28 de julho de 2011





Campanha 'A Diabetes não me Limita'

Campanha 'A Diabetes não me Limita'

3º workshop une doentes e familiares agora em Aveiro

Depois do sucesso do arranque da Campanha “A Diabetes não me Limita” em Carcavelos, a Roche Diabetes Care, com o apoio da AJDP - Associação de Jovens Diabéticos de Portugal, repetiu o êxito na Praia da Barra, em Ílhavo.
O 2º Workshop, dedicado aos pais de jovens diabéticos da região norte do país, permitiu que estes jovens tivessem a oportunidade de aprender Surf com a ASA - Associação de Surf de Aveiro e Bodyboard com o atleta Bernardo Abreu, diabético tipo 1.
O objetivo da Campanha “A Diabetes não me limita” está a ser cumprido, uma vez que demonstra que as pessoas com esta doença, desde que controladas, podem ter uma vida ativa e praticar desportos radicais como o surf ou bodyboard.
Segundo a Dra. Goreti Lobarinhas, da Associação de Diabéticos do Minho, ”É através de iniciativas como esta, que conseguimos mostrar aos jovens com diabetes que esta doença crónica não é incapacitante e que estes podem ultrapassar os seus limites. É importante que estes jovens tenham um contato próximo com pessoas que sofrem de diabetes e que se destacam nas várias áreas, como é o caso do Bernardo Abreu, um reconhecido atleta de Bodyboard.”
No início do workshop, os participantes ouviram alguns conselhos e dicas do monitor Bernardo Abreu, que sublinhou a importância de uma prática regular de atividade física e também, de manter uma alimentação equilibrada. Ao longo do dia, os animadores da Associação Candeia desenvolveram outras atividades com os presentes. Além de participarem em jogos na areia, todos puderam criar a sua própria imagem desta campanha, através de uma atividade de pintura.
A campanha “A Diabetes não me Limita” decorre até ao final de Outubro. Para participar, basta visitar o novo site da Roche Diagnostics, www.accu-chek.pt, e fazer o upload de uma fotografia com uma imagem da(s) sua(s) mão(s) pintada(s). Por cada fotografia que o site receber, a Roche Diabetes Care irá contribuir com € 1 para a AJDP (até um máximo de 1.000€). Irá ainda oferecer 3 máquinas fotográficas instantâneas Polaroid e 3 aulas de Surf às 3 fotografias mais originais.
Para mais informações sobre como participar na Campanha visite: www.accu-chek.pt

27 de junho de 2011
@SAPO

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O que você gostaria de ganhar de Natal? - a mãe pergunta para a filha de sete anos.
- Um preservativo.
- Preservativo?!
- É que eu já tenho cinco bonecas e não quero ter mais nenhuma!
porco.jpg
Duas garotinhas de oito anos conversam no quarto.
- O que você vai pedir para o Papai Noel de Natal?
- Eu vou pedir uma Barbie, e você?
- Eu vou pedir um O.B..
- OB?! O que que é isso?!
- Nem imagino, mas na televisão dizem que com OB a gente pode ir na praia, andar de bicicleta, montar a cavalo…

Rastreio do cancro da mama vai chegar a 40 mil mulheres

Rastreio do cancro da mama vai chegar a 40 mil mulheres
Mais uma unidade móvel de mamografia, a nona, foi adquirida pelo Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), que permitirá fazer chegar a mais 40 mil mulheres de Porto e Braga o rastreio gratuito do cancro da mama, anunciou a Liga terça-feira.

"No sentido de proceder ao alargamento progressivo do rastreio a todos os concelhos da área de influência da Administração Regional de Saúde do Norte, o Núcleo Regional do Norte da LPCC adquiriu mais uma unidade móvel de mamografia equipada com tecnologia digital, um investimento de 250 mil euros", anunciou a Liga em comunicado.

Segundo o comunicado, "a unidade móvel agora adquirida torna o Rastreio do Cancro de Mama acessível a mais 36.963 mulheres do grupo etário 45-69 anos, inscritas em Centros de Saúde dos Distritos de Braga e Porto”.

O Mamógrafo Digital Direto vai equipar com tecnologia de ponta a Consulta de Aferição do Departamento de Rastreio do Cancro da Mama, juntando-se às outras 8 unidades móveis que realizam diariamente cerca de 450 mamografias.

Nos próximos cinco meses a nova unidade vai estar estacionada no Centro de Saúde de Fafe.

[Esta notícia foi sugerida por Patrícia Guedes]

Doenças da tireóide

Tenho os meus valores um pouco altos. De forma que vou fazer um tratamento durante 3 meses e depois repetir análises. Esta foi a decisão do Endocrinologista na minha consulta de ontem.
Desde o aparecimento do cancro muita porcaria me tem acontecido :(...bolas!


Doenças da tireóide


Neste artigo:

"A tireóide é uma importante glândula do nosso organismo e produz hormônios que tem como uma das suas principais funções regular o metabolismo. Quando ela não funciona adequadamente pode levar a repercussões em todo o corpo em graus variáveis de severidade, desde sintomas que muitas vezes podem passar desapercebidos até formas extremamente graves que podem trazer risco de vida."


A tireóide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço e produz os hormônios T3 (tiiodotironina) e T4 (tiroxina) que atuam em todo o nosso organismo, regulando o crescimento, digestão e o metabolismo.
Quando a tireóide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo). De maneira geral, quando a glândula está hiperfuncionante ocorre uma aceleração do metabolismo em todo organismo, podendo ocorrer agitação, diarréia, taquicardia, perda de peso etc, ao contrário, quando a glândula está hipofuncionante pode ocorrer cansaço, fala arrastada, intestino preso, ganho de peso, etc.
Cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm acima de 60 anos manifestam algum problema na tireóide. Algumas estatísticas demonstram que 1 em cada 5 mulheres que procuram seus ginecologistas para iniciar a terapia de reposição hormonal apresenta, na verdade, problemas tireoidianos. Porém é importante estar atento pois todas as pessoas, independente de sexo e idade, estão sujeitas a alterações desta glândula.


O hipertireoidismo ou tireotoxicose é uma condição caracterizada pelo aumento da secreção dos hormônios da tireóide e pode originar-se de várias causas.
Em sua forma mais leve, o hipertireoidismo pode não apresentar sintomas facilmente reconhecíveis ou apenas cursar com sintomas inespecíficos, como sensação de desconforto e fraqueza. Mas o hipertireoidismo pode ser uma doença grave e séria e até mesmo colocar em risco a vida da pessoa.
A causa mais comum do hipertireoidismo é uma doença auto-imune (em que o próprio corpo produz anticorpos que "atacam" o órgão) chamada Doença de Graves. Outras causas do hipertireoidismo incluem o bócio multinodular (aumento do volume da glândula que leva a produção excessiva dos hormônios), os tumores da glândula tireóide, da glândula pituitária, dos testículos ou dos ovários, a inflamação da tireóide resultante de uma infecção viral ou outra inflamação, a ingestão de quantidades excessivas de hormônio tireóideo e a ingestão excessiva de iodo. Várias substâncias com altas concentrações de iodo, tais como comprimidos de alga, alguns expectorantes e amiodarona (medicação utilizada no tratamento de arritmias cardíacas) podem, ocasionalmente, causar hipertireoidismo.
Os principais sintomas do hipertireoidismo são:
• taquicardia,
• perda de apetite,
• perda de peso importante,
• nervosismo, ansiedade e inquietação,
• intolerância ao calor,
• sudorese aumentada,
• fadiga e cãibras musculares,
• evacuações freqüentes,
• irregularidades menstruais,
Outros sintomas que podem também estar presentes são: presença do bócio (papo), fraqueza, sede excessiva, aumento do lacrimejamento, dificuldade para dormir, pele fria e úmida, vermelhidão ou rubor da pele, pele anormalmente escura ou clara, queda de cabelo, descamação e rápido crescimento das unhas, náuseas e vômitos, atrofia muscular, tremor nas mãos, diarréia, pressão sanguínea alta, dor nos ossos, protusão dos olhos (exoftalmia), visão dupla, aumento da probabilidade de aborto, dentre outros.
Os sinais e sintomas característicos do hipertireoidismo podem ser detectados pelo médico. Adicionalmente, exames podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico e definir a causa, como os listados abaixo:

• TSH (hormônio estimulante da tireóide): O TSH é um hormônio que regula a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), quando a produção desses hormônios está alta, o nível de TSH diminui, e quando está baixa, o nível de TSH aumenta para estimular a produção dos hormônios tireoidianos. Um nível sangüíneo baixo do TSH é o melhor indicador de hipertireoidismo. Se o nível de TSH é muito baixo, é importante também checar os níveis de hormônio tireoidiano para confirmar o diagnóstico de hipertireoidismo.

• T4 livre e T3 livre (são os hormônios tireoidianos ativos): Quando o hipertireoidismo se desenvolve, os níveis de T4 e T3 sobem acima dos valores normais.

• TSI (imunoglobulina estimulante da tireóide): É uma substância freqüentemente encontrada no sangue quando a doença de Graves é a causa do hipertireoidismo. Este teste não é solicitado rotineiramente, uma vez que ele raramente interfere nas decisões do tratamento.
Antes do desenvolvimento de opções atuais do tratamento, a taxa de morte do hipertireoidismo era maior que 50%. Agora, diversos tratamentos eficazes estão disponíveis, e com o controle adequado, a morte por hipertireoidismo é rara. O tratamento varia dependendo da causa e também da gravidade dos sintomas. O hipertireoidismo pode ser tratado com medicamentos antitireoidianos, iodo radioativo ou cirurgia.
Dentre as principais complicações do hipertireoidismo estão as complicações cardíacas, incluindo taquicardia, insuficiência cardíaca e arritmia. A crise de tireóide ou "tempestade" da tireóide é uma exacerbação aguda dos sintomas do hipertireoidismo que podem ocorrer devido a infecções ou estresse. Pode ocorrer ainda febre, diminuição do estado de alerta e dor abdominal, necessitando nesses casos de hospitalização.


No hipotireoidismo ocorre a deficiência dos hormônios da tireóide, que pode potencialmente afetar o funcionamento de todo o corpo. A taxa de funcionamento normal do corpo diminui causando lentidão mental e física. Os principais fatores de risco são idade superior a 50 anos, sexo feminino, obesidade, cirurgia de retirada da tireóide e exposição prolongada a radiação.
O grau de severidade pode variar de leve, apresentando um quadro de depressão em que o diagnóstico de hipotireoidismo pode passar desapercebido, até a forma mais grave, denominada mixedema, caracterizada pelo inchaço de todo o corpo e que constitui uma emergência médica.
As causas mais comuns de hipotireoidismo são: doença de Hashimoto (uma doença auto-imune); tratamento do hipertireoidismo com iodo radiativo; retirada cirúrgica da tireóide para tratar hipertireoidismo ou tumor; uso prévio de medicamentos antitireóideos; pós-parto (transitório em 60-70% dos casos); uso de certos medicamentos como lítio, amiodarona, iodeto e interferon alfa; deficiência na regulação da glândula; inflamação da tireóide; deficiência de iodo (substância importante para a produção dos hormônios tireoidianos) e resistência generalizada ao hormônio tireóideo.
Os principais sintomas do hipotireoidismo são:
• fraqueza e cansaço,
• intolerância ao frio,
• intestino preso,
• ganho de peso,
• depressão,
• dor muscular e nas articulações,
• unhas finas e quebradiças,
• enfraquecimento do cabelo,
• palidez.
Outros sintomas que podem aparecer mais tardiamente são: fala lenta, pele ressecada e espessada, inchaço de mãos, pés e face, diminuição do paladar e olfato, rouquidão, menstruação irregular, dentre outros.
O diagnóstico do hipotireoidismo será feito pelo médico com o auxílio de exames laboratoriais que avaliam a função da tireóide. Normalmente, encontramos as seguintes características:

• TSH: todos apresentam concentrações circulantes elevadas de hormônio estimulador da tireóide.

• T3 e T4 livres: os níveis dos hormônios tireoidianos podem estar normais, em casos assintomáticos ou brandos, ou diminuídos.
O objetivo do tratamento é repor a deficiência de hormônio da tireóide. O medicamento mais freqüentemente utilizado é a levotiroxina, mas há outros disponíveis. E o tratamento deverá ser seguido por toda a vida, mesmo se os sintomas desaparecerem, pois são freqüentes as recaídas com a interrupção do medicamento.
A complicação mais grave do hipotireoidismo é o mixedema que pode levar ao coma, mas que felizmente é a rara. Ele pode ser causado por infecções, exposição ao frio, certos tipos de medicamento e outras doenças. No coma pelo mixedema ocorre alteração do comportamento, diminuição da respiração, queda da pressão sanguínea, do açúcar no sangue e da temperatura. Doenças cardíacas, infecções, infertilidade e abortamento, também podem ocorrer como complicações do hipotireoidismo.
Como o desenvolvimento dos sintomas e sinais de hipotireoidismo é tipicamente insidioso e a prevalência da forma subclínica é estimada em 40%, é recomendada a avaliação laboratorial de rotina na população em geral, mesmo na ausência dos sintomas.
Copyright © 2005 Bibliomed, Inc.               27 de janeiro de 2005.

terça-feira, 26 de julho de 2011


Tatuagens e pírcingues/DECO:

Tatuagens e pírcingues/DECO:

Falta de legislação deixa consumidores entregues ao 'bom senso' dos profissionais

Portugal não tem legislação sobre tatuagens e pírcingues, cabendo ao bom senso dos profissionais falar sobre os riscos, os cuidados e as contraindicações para a saúde, uma prática que, segundo a DECO, não é seguida no país.
A associação portuguesa para a defesa dos consumidores fez 46 visitas, durante os meses de fevereiro e março, a 29 estabelecimentos que exercem a atividade de realização de tatuagens e/ou pírcingues nas áreas da Grande Lisboa e do Grande Porto para concluir que houve poucas melhoras desde o último estudo realizado em 2005.
“O presente estudo mostra maior consciência por parte dos profissionais, que melhoraram na indicação dos possíveis riscos para a saúde (…). Porém continuam a manifestar falta de interesse generalizada em apurar se o estado de saúde do cliente é adequado para enfeitar o corpo”, lê-se no artigo da DECO, que vai ser publicado na próxima edição da revista “Teste Saúde”.
Segundo a DECO, nenhum dos profissionais contactados quis saber o estado de saúde do cliente, apenas 18 indicaram bons cuidados de cicatrização e oito tatuadores afirmaram que o processo é indolor ou fugiram à questão.
“Nas 46 visitas que efetuámos, apenas o profissional do 893 Tatoo, no Porto, descreveu os riscos de forma exaustiva ao nosso colaborador que pretendia aplicar um pírcingue. No caso das tatuagens, este centro não passou da mediana: referiu apenas a possibilidade de surgirem infeções”, aponta a DECO, como exemplo.
A associação lembra que “quem sofre de doenças de pele, como a psoríase, alergias a pigmentos de tinta, ao metal das agulhas ou ao níquel dos brincos não deve fazer nenhuma das intervenções”, enquanto as “tatuagens estão interditas a hemofílicos e epiléticos”.
“A informação sobre estas contraindicações é essencial para a segurança dos clientes, mas os nossos colaboradores não as ouviram em nenhum local visitado. Os profissionais não manifestaram a mínima preocupação em conhecer o estado de saúde dos clientes”, denuncia a DECO, que lembra também que os riscos podem ir de infeções cutâneas a alergias ou até à contaminação por VIH/SIDA e hepatites B e C.
A apreciação global aos 22 centros de pírcingues, entre 12 na Grande Lisboa e 10 no Grande Porto, oscila entre médio e medíocre e todos receberam a classificação “mau” em matéria de questões sobre o estado de saúde, enquanto nos riscos para a saúde só um estabelecimento obteve “muito bom”, bem como nos cuidados com a cicatrização.
Nos 24 centros de tatuagens, 12 na Grande Lisboa e 12 no Grande Porto, a apreciação global também oscila entre o médio e o medíocre e também aqui tiveram todos avaliação negativa nas questões sobre o estado de saúde do cliente. Nos riscos para a saúde nenhum estabelecimento teve avaliação superior a médio, com três a terem classificação medíocre, oito mau e 13 médio. Nos cuidados com a cicatrização, há três estabelecimentos com avaliação “muito bom”, mas a maioria (10) tem avaliação “médio”.
A DECO sublinha que “é o bom senso dos profissionais que determina a informação a fornecer aos clientes” e defende que “é preciso definir padrões de qualidade para todos”, exigindo, por isso, legislação e fiscalização que salvaguarde os direitos dos consumidores.

26 de julho de 2011
Fonte: Lusa

domingo, 24 de julho de 2011

Portugueses desvendam a formação das células T


Estudo pode ajudar a desenvolver ferramentas de combate ao cancro

2011-07-22
Por Carla Sofia Flores
Joana Neves, co-autora do estudo
Joana Neves, co-autora do estudo
A protecção do organismo humano contra potenciais perigos, como infecções ou cancro, passa pelo desempenho das células T, um tipo de glóbulos brancos com importantes funções no sistema imunológico que são produzidas no timo, um órgão situado sobre o coração. O estudo destas células é assim fundamental para abrir perspectivas sobre a sua manipulação, tendo em vista novas imunoterapias contra determinadas doenças.

Uma equipa constituída por investigadores portugueses (Joana Neves, da Universidade Queen Mary em Londres, e Bruno Silva-Santos, do Instituto de Medicina Molecular em Lisboa) e britânicos deu mais um passo nesse sentido, ao elucidar um processo fundamental na produção de células T.

“O seu desenvolvimento é complexo e envolve várias etapas. As células recebem sinais através de um receptor/proteína situado à sua superfície que lhes permite progredir para a etapa seguinte, até estarem prontas para combater bactérias/parasitas. O nosso trabalho focou-se nas fases iniciais”, revelou ao “Ciência Hoje” Joana Neves, investigadora da Universidade Queen Mary em Londres e co-autora do estudo publicado na revista “Science Signaling”.
Neste sentido, a equipa de cientistas luso-britânica revelou que os sinais de sobrevivência e maturação requeridos pelos progenitores das células T derivam directamente da abundância de proteínas (receptores) específicas que existem à sua superfície. Trata-se de uma descoberta que revoluciona o paradigma prévio, segundo o qual era necessária a agregação destes receptores a outras proteínas presentes noutras células de suporte.

“Havia resultados que não podiam ser explicados segundo este modelo vigente”, referiu a investigadora, acrescentando que, por isso, “o modo como os receptores iniciam o envio de sinais para o interior da célula não estava totalmente esclarecido”.

Joana Neves
Joana Neves é licenciada em Bioquímica pela Universidade do Porto.

Fez parte do programa doutoral “PDBEB” da Universidade de Coimbra (2006) e realizou o seu projecto de doutoramento sobre o desenvolvimento de células T sob a orientação de Daniel Pennington, na Universidade Queen Mary em Londres, em colaboração com Bruno Silva-Santos (Instituto de Medicina Molecular, Universidade de Lisboa).

O seu pós-doutoramento na área da inflamação intestinal realiza-se no laboratório de Richard Blumberg na Harvard Medical School (Boston, EUA).
De acordo com Joana Neves, para testar novas hipóteses e clarificar quais os processos essenciais para a produção destas células imunitárias, foram desenvolvidas células T “em situações em que os receptores foram modificados de forma a não serem capazes de se agregar nem de se ligar a outras proteínas”.

As novas conclusões, permitiram esclarecer quais os requisitos necessários para os receptores começarem a enviar sinais para o interior da célula T progenitora e assim permitirem a sua sobrevivência e maturação. “Nós elucidámos que este processo de iniciação da transdução do sinal é mais simples do que anteriormente descrito dependendo apenas da expressão dos receptores à superfície da célula e não de outros processos como a agregação dos domínios extracelulares dos receptores ou da sua interacção com outras proteínas presentes noutras células”,frisou.

Os resultados obtidos neste estudo são, na opinião da bioquímica portuguesa, “essenciais” para se poder “manipular a maturação e as funções destas células imunitárias e assim conseguir, de uma forma eficaz e segura, usar as células T como ferramentas para, por exemplo, o combate de células cancerígenas”.

Este trabalho foi realizado pelo grupo do Daniel Pennington, na Universidade Queen Mary em Londres, e resultou da colaboração com Bruno Silva-Santos, do Instituto de Medicina Molecular. “As relações entre estes dois grupos são bastante próximas e cientificamente produtivas sendo este já o segundo artigo de elevado impacto publicado no espaço de dois anos resultante desta colaboração”, destacou Joana Neves.

O estudo anterior, que foi publicado na “Nature Immunology” em 2009,  permitiu identificar e controlar células imunitárias para as fazer actuar contra infecções e não para promoverem doenças auto-imunes. Foi também noticiado no “Ciência Hoje” e pode ser lido aqui.
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