segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cancro da mama

Imagem ilustrativa
Detectar precocemente o cancro da mama aumenta as hipóteses de cura. Saiba como.

O que é o cancro da mama?

O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. É muito mais frequente nas mulheres, mas pode atingir também os homens.

O cancro da mama apresenta-se, muitas vezes, como uma massa dura e irregular que, quando palpada, se diferencia do resto da mama pela sua consistência.

Que cuidados se devem ter para detectar o cancro da mama?

O diagnóstico precoce do cancro da mama é fundamental, pois aumenta as hipóteses de cura. Evita que o cancro se espalhe para outras partes do corpo, favorecendo o prognóstico, a recuperação e a reabilitação.

Para que seja diagnosticado precocemente, é importante que:

Faça um auto-exame das mamas mensalmente, após o período menstrual;

Vá ao médico especialista em patologia mamária uma vez por ano;

Participe em programas de rastreio.

O exame clínico da mama pode confirmar ou esclarecer o seu auto-exame.

Quais são os sintomas mais comuns no cancro da mama?

Aparecimento de nódulo/endurecimento da mama ou debaixo do braço (na axila);

Mudança no tamanho ou no formato da mama;

Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da aréola;

Corrimento pelo mamilo, com ou sem sangue;

Retracção da pele da mama ou do mamilo.

Ao sentir qualquer alteração nas mamas deve consultar o seu médico.

Como é feito o diagnóstico clínico do cancro da mama?

Para fazer o diagnóstico, o médico submeterá a mulher a um cuidadoso exame clínico e fará algumas perguntas sobre a história familiar. Fará também a palpação das mamas com as mãos, pois só assim poderá sentir a presença de um nódulo. O médico poderá solicitar alguns exames, tais como:


Mamografia: o principal exame das mamas, realizado através de raios X específicos para examinar as mamas. Como é muito preciso, permite ao médico saber o tamanho, localização e as características de um nódulo com apenas alguns milímetros, quando ainda não poderia ser sentido na palpação.

Faça uma mamografia de rotina sempre que solicitada pelo seu médico.

Ultrassonografia (ecografia): deve complementar sempre a mamografia e informa se o nódulo é sólido ou contém líquido (quisto).

Citologia aspirativa: com uma agulha fina e uma seringa, o médico aspira certa quantidade de líquido ou uma pequena porção do tecido do nódulo para exame microscópico. Esta técnica esclarece se é um quisto (preenchido por líquido), que não é cancro, ou de um nódulo sólido, que pode ou não corresponder a um cancro.

Biópsia: procedimento (cirúrgico ou não) para colher uma amostra do nódulo suspeito. O tecido retirado é examinado ao microscópio pelo patologista. Este procedimento permite confirmar se estamos perante um cancro da mama.

Receptores hormonais (estrógenio e progesterona): caso a biópsia permita o diagnóstico de um cancro, estes testes de laboratório revelam se as hormonas podem ou não estimular o seu crescimento. Com esta informação, o médico pode decidir se é ou não aconselhável incluir no plano de terapêutico um tratamento à base de antagonistas daquelas hormonas, isto é, medicamentos que contrariam o seu efeito. A amostra do tecido do tumor é colhida durante a biópsia.

Caso a biópsia detecte um tumor maligno, outros testes laboratoriais serão feitos no tecido para que se obtenham mais dados a respeito das características do tumor.

Também poderão ser solicitados exames - raios X, exames de sangue, ecografia, cintilograma (exame no qual uma pequena quantidade de um produto radioactivo é utilizado para obter imagens) ósseo, provas de função hepática etc. - para verificar se o cancro está presente em outros órgãos do corpo.

Todos os testes e exames solicitados e a definir pelo médico têm como objectivo avaliar a extensão e o estádio da doença no organismo.

O sistema de estadiamento do cancro da mama leva em conta o tamanho do tumor, o envolvimento de gânglios linfáticos da axila próxima à mama e a presença ou não de metástases à distância.

Há vários tipos de cancro da mama?

Sim. O tratamento e o prognóstico variam de doente para doente e em função do tipo de tumor.

Quase todos os tumores malignos da mama têm origem nos ductos ou nos lóbulos da mama, que são tecidos glandulares. Os dois tipos mais frequentes são o carcinoma ductal e o carcinoma lobular.

Carcinoma ductal “in situ” (CDIS): é o tumor da mama não invasivo mais frequente. Praticamente todas as mulheres com CDIS podem ser curadas. A mamografia é o melhor método para diagnosticar o cancro da mama nesta fase precoce.

Carcinoma lobular “in situ” (CLIS): embora não seja um verdadeiro cancro, o CLIS é, por vezes, classificado como um cancro da mama não invasivo. Muitos especialistas pensam que o CLIS não se transforma num carcinoma invasor, mas as mulheres com esta neoplasia têm um maior risco de desenvolver cancro da mama invasor.

Carcinoma ductal invasor (CDI): este é o cancro da mama mais frequente. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase pode disseminar-se através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos. Cerca de 80 por cento dos cancros da mama invasores (ou invasivos) são carcinomas ductais.

Carcinoma lobular invasor (CLI): tem origem nas unidades produtoras de leite, ou seja, nos lóbulos. À semelhança do CDI, pode disseminar-se para outras partes do corpo. Cerca de dez por cento dos cancros da mama invasores são carcinomas lobulares.

Carcinoma inflamatório da mama: este é um cancro agressivo, mas raro.

Há ainda outros tipos de cancro da mama mais raros, como o Carcinoma Medular, o Carcinoma Mucinoso, o Carcinoma Tubular e o Tumor Filóide Maligno, entre outros.

Como se trata o cancro da mama?

A escolha entre as diversas opções de tratamento depende do estádio da doença, do tipo do tumor e do estado geral de saúde da paciente. O especialista em patologia mamária é o profissional médico mais indicado para avaliar e escolher o tratamento mais adequado a cada caso.

Dependendo das necessidades de cada doente, o médico poderá optar por um ou pela combinação de dois ou mais tratamentos.

Cirurgia: é o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento local. O tumor da mama será removido, assim como os gânglios linfáticos da axila. Estes gânglios filtram a linfa que flui da mama para outras partes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar. Existem vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, que são indicados de acordo com a fase evolutiva do tumor, a sua localização ou o tamanho da mama.

Radioterapia: utiliza raios de alta energia que têm a capacidade de destruir as células cancerosas e impedir que elas se multipliquem. Tal como a cirurgia, a radioterapia é um tratamento local. A radiação pode ser externa ou interna.

Quimioterapia: é a utilização de drogas que agem na destruição das células malignas. Podem ser aplicadas através de injecções intramusculares ou endovenosas ou por via oral.

Hormonoterapia: tem como finalidade impedir que as células malignas continuem a receber a hormona que estimula o seu crescimento. O tratamento pode incluir o uso de drogas, que modificam a forma de actuar das hormonas, ou a cirurgia, que remove os ovários - órgãos responsáveis pela produção dessas hormonas. Da mesma maneira que a quimioterapia, a terapia hormonal actua nas células do corpo todo.

Reabilitação: vem auxiliar os métodos de tratamento para que a paciente tenha melhor qualidade de vida. É feita através da cirurgia plástica de reconstrução e dos serviços médicos de apoio (fisioterapia, psicologia, etc.).

O tratamento cirúrgico é para tirar a mama?

Não necessariamente. Há diferentes tipos de cirurgia usados no tratamento de cancro da mama:

Tumorectomia: é a cirurgia que remove apenas o tumor. Em seguida, aplica-se a terapia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retirados como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos.

Quadrantectomia: é a cirurgia que retira o tumor, uma parte do tecido normal que o envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor. É, pois, um tratamento que conserva a mama.

A radioterapia é aplicada após a cirurgia.

Mastectomia simples ou total: é a cirurgia que remove apenas a mama. Às vezes, no entanto, os gânglios linfáticos mais próximos também são removidos. É aplicada em casos de tumor difuso. Pode manter-se a pele da mama, que auxiliará muito a reconstrução plástica.

Mastectomia radical modificada: é a cirurgia que retira a mama, os gânglios linfáticos das axilas e o tecido que reveste os músculos peitorais.

Mastectomia radical: é a cirurgia que retira a mama, os músculos do peito, todos os gânglios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele. Raramente utilizada.



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Data de publicação 13.12.2005

Emoções na menopausa

Emoções na menopausa
Vítor Rodrigues, psicólogo clínico, explica as alterações físicas e psicológicas que afectam a mulher nesta etapa da vida

A menopausa pode variar nos seus efeitos e na sua intensidade, dependendo das condições gerais de saúde da pessoa envolvida, da idade, do seu estado mental e, claro, da velocidade das alterações hormonais.

O aumento de peso é frequente embora, claro, com alguns cuidados dietéticos e exercício físico possa ser controlado. Por outro lado, a irritabilidade, humor depressivo e instabilidade emocional são consequências igualmente frequentes.

Há a considerar, por um lado, as mudanças fisiológicas em si, que são ricas em consequências, e, por outro, os efeitos psicológicos. Para algumas mulheres, a ideia de deixarem de ser férteis pode ser encarada como sinónimo de envelhecimento enquanto, para outras, assinala maturidade, maior liberdade sexual e/ou uma nova etapa de vida.

Além disso, os sintomas físicos em si também podem ter impacto psicológico variável consoante as características de cada pessoa, acrescenta ainda o especialista.

As terapias de substituição hormonal têm demonstrado bons resultados (nomeadamente recorrendo a fitoestrogéneos) e podem ser indicadas, dependendo da opinião médica. Julgo que é muito importante um misto de assistência médica e psicológica.

Por exemplo, é importante perceber que, após a menopausa, há muito tempo para uma vida social, laboral, afectiva, sexual e espiritual agradável, produtiva e bem sucedida e que, mesmo quando já se aproxima a velhice, é possível envelhecer majestosamente.

Sabia que...

Quando uma mulher regista, durante mais de 12 meses, a ausência de menstruação, confirma-se que atingiu a menopausa.

A idade mais comum para o início desta fase ronda os 50 anos mas, em alguns casos, pode surgir antes dos 40 anos, sendo considerada uma menopausa precoce.

Texto: Vítor Rodrigues (psicólogo clínico)

A responsabilidade editorial desta informação é da revista

Hepatite E

Hepatite E

Nova vacina oferece primeira imunização

Um estudo que envolveu cerca de 100 000 voluntários na China provou a eficácia da primeira vacina contra a hepatite E.

Durante essa investigação, a vacina (HEV239) demonstrou ser eficaz em aproximadamente 100 por cento dos casos, entre eles, pacientes seropositivos e portadores de anticorpos, havendo registo de apenas alguns efeitos secundários ainda que leves e que apenas se farão sentir em algumas pessoas.

A hepatite E, causada por um vírus que contagiou 1/3 da população, tem os mesmos sintomas que as outras hepatites víricas mas tende a ser pontual, e não crónica, e representa maior perigo para grávidas, seniores e doentes hepáticos. A vacina intra-muscular é aplicada em três doses, oferecendo uma protecção eficaz contra o vírus, que se contrai através da água ou de alimentos contaminados.

A responsabilidade editorial desta informação é da revista

Boa semana!


Beijinhos :o)
Já cá tenho os meus espanholitos ;o) estão de férias agora é aproveitar estes dias !!!!
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