sexta-feira, 8 de abril de 2011

Diagnóstico do cancro da mama



Diagnóstico do cancro da mama

Identifique os sinais de alarme e saiba que exames permitem diagnosticar esta patologia

O cancro da mama pode apresentar-se de várias formas:
- Um nódulo
- Uma mastite (em que a mama fica «inchada» e vermelha, por vezes com a pele assemelhando-se à casca de uma laranja, podendo acompanhar-se de dor)
- Por retracção (encolhimento) da pele
- Por corrimento mamilar
Pode assim compreender-se que o auto-exame (observação feita pela própria mulher) é muito importante na detecção precoce do cancro, permitindo, frequentemente, um diagnóstico mais precoce com a consequente maior probabilidade de cura, evitando que o tumor metastize, ou seja, se dissemine a outras partes do corpo.
Para fazer o diagnóstico de cancro da mama, o médico baseia-se no exame clínico, designadamente na observação da mama, e nos exames de imagem.
A mamografia é habitualmente o primeiro exame a ser realizado. Permite detectar, na maioria dos casos, os tumores e caracterizá-los, ou seja, determinar a sua localização, o seu tamanho, as suas características.
Na mamografia podem ser diagnosticados tumores que não têm tamanho para serem palpados, o que só acontece habitualmente quando têm pelo menos dois centímetros de diâmetro. Admite-se que pode detectar-se um tumor um ou dois anos antes de se tornar palpável, o que tem franco benefício em termos de sobrevivência.

Os cancros podem ter vários aspectos na mamografia. Os mais frequentes são a distorção, as calcificações com aspecto maligno e o nódulo irregular.

A ecografia é também muito útil, complementando a mamografia e permitindo desde logo uma importante divisão entre nódulos sólidos e quistos, sendo estes últimos habitualmente benignos. Relativamente aos nódulos sólidos, o seu aspecto ecográfico pode orientar no diagnóstico relativamente à sua natureza benigna ou maligna.
A ressonância magnética é também um exame cada vez mais solicitado para esclarecimento de lesões duvidosas na mamografia e/ou na ecografia e para caracterização de tumores já diagnosticados.
Assim, por exemplo, se depois do exame clínico e da mamografia e ecografia, há suspeita de que uma lesão corresponda de facto a um cancro, o médico pode fazer uma citologia ou uma biopsia, que corresponde à obtenção de uma pequena porção da referida lesão. Esta será enviada para um laboratório de anatomia patológica, onde será analisada ao microscópio que geralmente dá o diagnóstico definitivo.
Depois de confirmado o diagnóstico de neoplasia maligna pelo anatomopatologista, e se ainda não foi realizada a ressonância magnética, esta pode então ser solicitada para melhor caracterização da lesão, nomeadamente a sua verdadeira dimensão e a eventual presença de outros focos tumorais. Permite assim, em casos seleccionados, uma melhor programação do tratamento a adoptar.
Fonte: 34 Copa B - Guia prático sobre a mama, a saúde e a sexualidade, Ana Paula Avillez (médica imagiologista especialista em Senologia), editora Academia do Livro

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